O realismo mágico é uma escola literária surgida no início do século XX. Também é conhecido por realismo fantástico, ou realismo maravilhoso, principalmente em espanhol.
É considerada a resposta latino-americana à literatura fantástica do início do século XX. Entre seus principais expoentes estão o colombiano Gabriel García Márquez, Premio Nobel de Literatura, e o argentino Julio Cortázar, mas muitos chamam o venezuelano Arturo Uslar Pietri de pai do realismo mágico. No Brasil, um representante destacado desta corrente literária foi José J. Veiga.
Outro grande mestre do realismo mágico foi o argentino Jorge Luis Borges. O cubano Alejo Carpentier, no prólogo de seu livro Reino deste mundo, define seu trabalho sob o realismo maravilhoso, que apesar de semelhante ao realismo mágico de Garcia Marques, não se confunde com ele.
O realismo mágico se desenvolveu fortemente nas décadas de 60 e 70, como produto de duas visões que conviviam na América hispânica e também no Brasil: a cultura da tecnologia e a cultura da superstição. Surgiu também como forma de reagir, através das palavras, contra as ditaduras da região.
Ele pode ser definido como a preocupação estilística e o interesse de mostrar o irreal ou estranho como algo cotidiano e comum. Não é uma expressão literária mágica: sua finalidade não é a de suscitar emoções, mas sim de melhor expressá-las e é, sobretudo, uma atitude frente a realidade. Uma das obras mais representativas deste estilo é Cem anos de solidão', de Gabriel Garcia Márquez.
Apesar de aparentemente desatento à realidade, o realismo mágico compartilha algumas características com o realismo épico, como a pretensão de dar verossimilhança interna ao fantástico e ao irreal, diferenciando-se assim da atitude niilista assumida originalmente pelas vanguardas do início do século XX, como o surrealismo.
Os seguintes aspectos estão presentes em muitos romances e contos do realismo mágico, mas não necessariamente estão todos presentes em todas as obras desta escola. Do mesmo modo, obras pertencentes a outras escolas podem apresentar algumas características dentre aquelas aqui listadas:
• Conteúdo de elementos mágicos ou fantásticos percebidos como parte da "normalidade" pelos personagens;
• Elementos mágicos algumas vezes intuitivos, mas nunca explicados;
• Presença do sensorial como parte da percepção da realidade;
• O tempo é percebido como cíclico, como não linear, seguindo tradições dissociadas da racionalidade moderna;
• O tempo é distorcido, para que o presente se repita ou se pareça com o passado;
• Transformação do comum e do cotidiano em uma vivência que inclui experiências sobrenaturais ou fantásticas;
• Preocupação estilística, partícipe de uma visão estética da vida que não exclui a experiência do real.
Espaço
• Mínimo e vital;
• Dinamiza e activa o conteúdo das ações;
• Atmosfera interiorizada -- sempre hoje;
• Também possibilita observar as figuras gramaticais dessa época.
Personagens
Os personagens presentes nas obras desta corrente podem ter viagens, mas não de tipo físico -- eles alternam de espaço e tempo entre seus estados de vigília e de sonho.
Fonte: Wikipedia
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